O robô social PARO tem contribuído para a melhoria da prestação de cuidados domiciliários aos doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), que são acompanhados pela Unidade de Cuidados Continuados (UCC) Amadora +.
Oferecido pela SPMS, EPE ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, em julho de 2018, o Mimo – nome dado a esta foca bebé – foi inserido nas visitas no domicílio a 10 doentes com idades entre os 40 e 92 anos, apresentando foro patológico varável. Sendo um elemento diferente e inovador neste tipo de cuidados, o PARO tem acompanhado uma profissional médica das Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCIs), que presta apoio a doentes sem médico de família.
Nesta primeira fase do projeto, o número de visitas domiciliárias com o robô tem variado entre uma a oito. O grau de aceitação tem sido positivo, verificando-se uma maior satisfação por parte dos doentes que se referiram ao PARO como “carinhoso” e “bonito”. Cada interação dos doentes foi de 20 a 60 minutos e, quando questionados sobre o que sentiram, frequentemente frisaram a “paz” e o “bem-estar”.
Para além de fomentar o movimento ao serem pedidas pequenas ações como “fazer uma festa”, verificou-se também que foi facilitador do diálogo entre profissionais de saúde, doentes e cuidadores e, em algumas situações, foi uma importante ajuda em períodos de maior agitação do doente. Após algum tempo de intervalo entre as visitas médicas, o PARO serviu, também, como elemento facilitador da identificação do profissional médico.
Esta experiência do ACES Amadora mostra que os sentimentos positivos e o efeito calmante nos doentes constituem mais-valias nas visitas domiciliárias com o PARO, contribuindo para a melhoria na prestação de cuidados da RNCCI.