A Receita Sem Papel (RSP) atingiu, a 18 de agosto, os 90% em todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Fora do SNS já representa 20%, com tendência para continuar a aumentar.
Relativamente às percentagens de embalagens prescritas de RSP, por Administração Regional de Saúde (ARS) no SNS, a ARS Alentejo mantém a liderança nos 96%, seguida da ARS Centro (94.21%) e da ARS Algarve (90.1%). A ARS Lisboa e Vale do Tejo e a ARS Norte mantêm valores muito próximos, com 88.76% e 88.42% respetivamente.
No que diz respeito aos resultados gerais do setor privado, a ARS Algarve destaca-se com 27.84% de receitas eletrónicas, seguindo-se a ARS Lisboa e Vale do Tejo com 21.79%, a ARS Norte (16.71%), a ARS Centro (16.45%) e a ARS Alentejo com 6%. Os valores registados demonstram o enorme crescimento da implementação da Receita Sem Papel no sistema de saúde português, comprovando que os objetivos estabelecidos pelo Ministério da Saúde têm sido amplamente superados.
A Receita Sem Papel é um projeto que permite reduzir custos, combater a fraude, otimizar recursos disponíveis e, também, obter enormes ganhos ambientais. Em três meses, entre maio e julho de 2016, mais de 183 000 utentes beneficiaram da dispensa parcial de medicamentos em diferentes farmácias, através da Receita Sem Papel.
O Livre Acesso e Circulação do Cidadão também passou a ser assegurado no universo das farmácias. Anteriormente, e com a receita em papel, o utente não podia decidir. Todos os medicamentos eram adquiridos na farmácia onde tinha sido dispensada a primeira embalagem da prescrição, porque a receita (em papel) ficava retida na farmácia. Com a receita eletrónica, os cidadãos podem usufruir do direito de liberdade de escolha e de circulação, optando por efetuar dispensas parciais, com a mesma prescrição, em farmácias distintas. A decisão é do cidadão/utente. Em média, mais de 5 mil utentes por dia já exerceram essa liberdade de escolha, optando por adquirir medicamentos em mais de uma farmácia.