A Receita Sem Papel (RSP) é um caso paradigmático de redução de custos, otimização dos recursos disponíveis e de enormes ganhos ambientais. Eliminando o papel em todo o circuito, desde a prescrição, à dispensa nas farmácias e à conferência de faturas, a receita eletrónica promove poupanças significativas para o Estado e para a sociedade em geral. Nesta equação, o ambiente também sai a ganhar.
A RSP já representa, hoje em dia, mais de 88% do total de embalagens prescritas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e mais de 11% fora do SNS, com tendência para crescer. Convertendo a Desmaterialização Eletrónica da Receita em números verifica-se que, desde 1 de fevereiro prescreveu-se, aproximadamente, 40 milhões de embalagens no SNS e foram dispensadas na farmácia mais de 18 milhões de embalagens, das quais cerca de 366 mil foram dispensadas exclusivamente por SMS.
Foram emitidas, aproximadamente, 260 mil prescrições, sem qualquer impressão associada, com envio da informação apenas por SMS.
Desde 1 de fevereiro, as médias diárias aproximadas são de:
- 21 600 médicos que prescrevem RSP;
- 225 000 embalagens prescritas através de RSP;
- 36 500 utentes que beneficiam de RSP.
No Setor Privado são, à data de hoje, emitidas cerca de 50 mil embalagens/dia, nas cerca de 230 instituições do setor privado que até agora aderiram ao projeto RSP. Estes valores traduzem-se num decréscimo efetivo de papel, estimado na ordem de um milhão e meio de folhas por mês, ou seja, menos 18 milhões por ano de folhas (o equivalente a cerca de 90 mil toneladas/ano) em circulação.
A diminuição do consumo de papel tem contribuído, assim, para a redução de árvores abatidas e, consequentemente, para uma menor circulação de veículos de transporte e um decréscimo das emissões de dióxido de carbono.